Testemunhos de alunos
" Gostei muito deste projeto porque aprendemos a brincar ao ar livre sem tecnologias"
Telma Silva- 4º ano
" gostei de fazer o teatro do Paul e da Paula e de pintar a cara dos meninos"
Maria Inês - Jardim de Infância
" adorei fazer o teatro" todos têm o direito de brincar"
Núria 2ºano
"Gostei muito de estar sempre a brincar e a dançar e de conhecer muitos sítios"
Leonor - Jardim de Infância
"Gostei muito de aprender e brincar"
Hugo 4º ano
"
Testemunho da Animadora Cultural Patrícia Martins ( coordenação de comunicação do projeto)
Partilho o meu texto para o Jornal de Leiria de 14 de março.
# Gramática da Fantasia-Brincar para aprender e aprender a brincar e aprender para partilhar
Por estes dias integrei um grupo em formação na Grécia, a convite da educadora e elemento da direção do AE Marrazes, Rosa Almeida, também coordenadora do projeto Learning to Play and Playing to Learn (Erasmus+),no qual participo e que me têm proporcionado inúmeras aprendizagens, que integrou esta mobilidade à Grécia para sessões de formação de curta duração.
Este projeto que integra professores e técnicos de várias nacionalidades, Portugal, Grécia, Itália, Espanha, Bulgária e Hungria, tem como principal objetivo potenciar nos alunos as aprendizagens de forma lúdica, por intermédio de jogos e brincadeiras. No caso dos professores e técnicos envolvidos visa a partilha de práticas e um encontrar de estratégias para o trabalho com a alunos através desta metodologia, procurando superar desafios que tantas vezes surgem aos profissionais da educação, socorrendo-se das mais valias da aquisição de conhecimentos através de formas descontraídas e não formais.
Foi uma semana muito rica de partilha de práticas entre pares, e de workshops visando a educação inclusiva e a aceitação das diferenças.
Das múltiplas experiências absorvidas todas sobejamente interessantes e distintas , interessa-me particularmente refletir a importância do livro e da mediação da leitura como forma de garantir a inclusão e de formas de explorar o objeto livro ou expressão artística na condução de atividades que estimulem as aprendizagens, convidem à participação, ao envolvimento e ao desenvolvimento das literacias em várias áreas do conhecimento. Interessa-me dar consistência a uma ideia que há muito defendo de que a língua falada, escrita, comunicada, deve ser adequada, simples,( não simplista) clara, e passível de ser entendida pelo leitor ou interlocutor.
Num dos workshops em que participámos, assistimos à dinamização/ mediação da leitura pela mão da autora que se pautou por ser integradora e inteligível por todos, independentemente de serem alunos com necessidades especiais, alunos regulares e professores de várias nacionalidades que não dominavam a língua grega.
Esta mediação da leitura, para além de à semelhança de todas as atividades e conversas a que assistimos ser “traduzida” em tempo real por uma interprete de língua gestual, estava também traduzida para inglês com uma projeção visível para toda a audiência e foi interpretada de forma muito performativa, expressiva convidando à interação e participação dos alunos e público, aliando dinâmicas como o teatro, mímica, performance e música.Nesta sessão de animação da leitura o espectador deixou de o ser (enquanto indivíduo que assiste e assume uma postura passiva,) para assumir um papel importante e ativo na história.
Parece-me que deve ser um pouco assim com os livros e com a educação, para os quais devemos enquanto mediadores adotar posturas que consigam ser inteligíveis por todos os interlocutores, numa atitude quase camaleónica que nos permitia ajustar-nos aos grupos e criar com eles relações de proximidade, fundamentais também para a partilha efetiva de conhecimento, e que convidem à participação e ao envolvimento.
Que continuemos a ter vontade(s) de aprender para partilhar e de partilhar para aprender!